A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) confirmaram na tarde de ontem que tiveram conhecimento de um suposto Objeto Voador Não-Identificado avistado no céu de diversas cidades do litoral catarinense e paranaense, na tarde/noite do domingo, dia 20 de abril, mas que o fenômeno pode não ter passado de refração solar. A confirmação vem depois de mais de um mês que moradores de 17 localidades da região procuraram os meios de comunicação para dizerem que naquela tarde viram se deslocar lentamente pelos céus um estranho ponto colorido. O que mais chamou a atenção foi que todas as testemunhas, apesar de viverem em localidades distantes, trouxeram uma descrição bastante parecida do fenômeno: um objeto multicolor e que não emitia som ou fumaça alguma, se deslocando do interior para o mar. Segundo os relatos, o ponto teria aparecido primeiro no município de Paranaguá, no litoral paranaense, após a missa dominical, e teria sumido definitivamente na costa, próximo ao município de São Francisco do Sul, litoral de Santa Catarina. Segundo os relatos da comunidade local, antes de sumir, o ponto colorido descreveu no céu o sinal de uma cruz.
A nota oficial do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que “duas aeronaves da Marinha que faziam vôos de rotina na costa comunicaram imediatamente uma movimentação estranha até 26°14 de latitude e 48°38 de longitude, descrevendo um circuito helicoidal e finalmente o movimento de uma cruz” — especifica o documento, confirmando o relato popular. Mas na nota, o presidente da DECEA, Ademir Constantino, acrescenta que o departamento “não terminou ainda o processo de análise do registro”, mas que, “ao que tudo indica, trata-se de um fenômeno físico provocado pela refração da luz solar, posto que não houve registro material do deslocamento nos radares”.
Para o pesquisador do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Márcio de Alencar, um dos pioneiros no país na pesquisa com OVIS (Objetos Voadores Não-Identificados) a probabilidade de ter se tratado de um “disco voador” não pode ser descartada, e que a região apresenta elevados índices de aparições ufológicas. Ele discorda radicalmente que o colorido tenha sido um fenômeno físico semelhante à formação dos arco-iris (que não costumam se formar no veranico sulista), e ataca duramente o DECEA, dizendo que informações fundamentais têm sido escondidas, como a de que durante o curso do deslocamento, o objeto teria tentado estabelecer contato, para ser auxiliado no uso de um GPM. “Ora, arco-iris não opera GPM, tampouco se perde, nem pede ajuda ao DECEA” – alfineta o professor. E ainda problematiza mais: “Eu quero saber por que foi que o Corpo de Bombeiros e a Marinha ficaram uma semana ainda no local, patrulhando. O que buscavam?”. Segundo ele, está clara a intenção do DECEA de esconder que havia organismo vivo dentro daquele objeto. Na opinião do especialista, no entanto, tal organismo encontrava-se em estágio de desenvolvimento tecnológico inferior à espécie humana, que já maneja o GPM.
Ufanismos à parte, quem viu o ponto colorido cruzar o céu naquela tarde/noite de domingo assegura que em nada parecia com arco-íris, mas também não crê em disco voador. Em São Francisco do Sul, por onde teria desaparecido o objeto, os mais religiosos preferem acreditar que foi uma aparição, uma revelação de Nossa Senhora da Graça, padroeira da cidade. É o caso do pescador João Mesquita de Soares Lins, que naquele fim de tarde estava arrastando a sua rede com seus dois filhos. “Quando eu vi o colorido, eu e os meninos rezamos um salmo e pronto. Parecia um monte de balão junto... tinha nada de disco voador. Não sei se foi benção não, mas que a pescaria naquela manhã foi fartura, isso foi” — completou entusiasmado o pescador, lembrando a passagem bíblica em que o apóstolo João tem das mãos de Jesus a multiplicação dos peixes.
Mas o que mais tem chamado atenção nos últimos dias, segundo o pároco da Igreja Matriz da cidade, é que tem crescido vertiginosamente o número de fiéis que vão até ali não só ouvir relatos sobre o ponto colorido que ganhou visibilidade nacional, mas especialmente prestar uma reverência à paróquia que hospedara em seu crucifixo, no alto de sua torre, três dias depois da aparição do ponto, uma pomba branca, que ali teria descansado depois de voar por vinte horas ininterruptas, pelo céu da região. Segundo os moradores, a ave, muito incomum nessa época do ano, dera muitas voltas de um lado para o outro até pousar sobre a Matriz. “No bico da pomba tinha um pedaço amarelo dessas bexigas de encher, de criança brincar.” — testemunha a aposentada Regina dos Santos Neves. “Os fiéis trazem suas manifestações de fé, suas cruzes, vestem túnicas vermelhas e entoam cânticos de louvor.” – completa o pároco, visivelmente emocionado.
Depois de muitas fotografias de turistas e curiosos, a pomba teria partido na mesma direção em que desaparecera o ponto colorido, deixando cair pelo litoral da região inúmeros pedaços de bexigas coloridas.
A nota oficial do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que “duas aeronaves da Marinha que faziam vôos de rotina na costa comunicaram imediatamente uma movimentação estranha até 26°14 de latitude e 48°38 de longitude, descrevendo um circuito helicoidal e finalmente o movimento de uma cruz” — especifica o documento, confirmando o relato popular. Mas na nota, o presidente da DECEA, Ademir Constantino, acrescenta que o departamento “não terminou ainda o processo de análise do registro”, mas que, “ao que tudo indica, trata-se de um fenômeno físico provocado pela refração da luz solar, posto que não houve registro material do deslocamento nos radares”.
Para o pesquisador do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Márcio de Alencar, um dos pioneiros no país na pesquisa com OVIS (Objetos Voadores Não-Identificados) a probabilidade de ter se tratado de um “disco voador” não pode ser descartada, e que a região apresenta elevados índices de aparições ufológicas. Ele discorda radicalmente que o colorido tenha sido um fenômeno físico semelhante à formação dos arco-iris (que não costumam se formar no veranico sulista), e ataca duramente o DECEA, dizendo que informações fundamentais têm sido escondidas, como a de que durante o curso do deslocamento, o objeto teria tentado estabelecer contato, para ser auxiliado no uso de um GPM. “Ora, arco-iris não opera GPM, tampouco se perde, nem pede ajuda ao DECEA” – alfineta o professor. E ainda problematiza mais: “Eu quero saber por que foi que o Corpo de Bombeiros e a Marinha ficaram uma semana ainda no local, patrulhando. O que buscavam?”. Segundo ele, está clara a intenção do DECEA de esconder que havia organismo vivo dentro daquele objeto. Na opinião do especialista, no entanto, tal organismo encontrava-se em estágio de desenvolvimento tecnológico inferior à espécie humana, que já maneja o GPM.
Ufanismos à parte, quem viu o ponto colorido cruzar o céu naquela tarde/noite de domingo assegura que em nada parecia com arco-íris, mas também não crê em disco voador. Em São Francisco do Sul, por onde teria desaparecido o objeto, os mais religiosos preferem acreditar que foi uma aparição, uma revelação de Nossa Senhora da Graça, padroeira da cidade. É o caso do pescador João Mesquita de Soares Lins, que naquele fim de tarde estava arrastando a sua rede com seus dois filhos. “Quando eu vi o colorido, eu e os meninos rezamos um salmo e pronto. Parecia um monte de balão junto... tinha nada de disco voador. Não sei se foi benção não, mas que a pescaria naquela manhã foi fartura, isso foi” — completou entusiasmado o pescador, lembrando a passagem bíblica em que o apóstolo João tem das mãos de Jesus a multiplicação dos peixes.
Mas o que mais tem chamado atenção nos últimos dias, segundo o pároco da Igreja Matriz da cidade, é que tem crescido vertiginosamente o número de fiéis que vão até ali não só ouvir relatos sobre o ponto colorido que ganhou visibilidade nacional, mas especialmente prestar uma reverência à paróquia que hospedara em seu crucifixo, no alto de sua torre, três dias depois da aparição do ponto, uma pomba branca, que ali teria descansado depois de voar por vinte horas ininterruptas, pelo céu da região. Segundo os moradores, a ave, muito incomum nessa época do ano, dera muitas voltas de um lado para o outro até pousar sobre a Matriz. “No bico da pomba tinha um pedaço amarelo dessas bexigas de encher, de criança brincar.” — testemunha a aposentada Regina dos Santos Neves. “Os fiéis trazem suas manifestações de fé, suas cruzes, vestem túnicas vermelhas e entoam cânticos de louvor.” – completa o pároco, visivelmente emocionado.
Depois de muitas fotografias de turistas e curiosos, a pomba teria partido na mesma direção em que desaparecera o ponto colorido, deixando cair pelo litoral da região inúmeros pedaços de bexigas coloridas.